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Quem é Braian Rizzo?

Gabriel Cabral / Folhapress

Oi, me chamo Braian Rizzo. Registrei este domínio em 2008, na era dos blogs, quando eu era apenas um jovem da cidade de Rio Grande, no sul do Rio Grande do Sul, com 18 anos e muitos sonhos, como o de viver exclusivamente da produção de conteúdo para a internet — algo que, na época, ainda nem tinha esse nome. Mas agora, vários anos depois, posso dizer que está dando certo!

Certo o suficiente para que eu não precise escrever um longo texto sobre o que já realizei de relevante, já que a Wikipédia tem um artigo sobre mim e eu posso simplesmente copiar e colar, como fazíamos em 2008, na era dos blogs.

“Braian Bueno Rizzo (Rio Grande, 27 de janeiro de 1990) é um criador de conteúdo, youtuber, diretor, roteirista, escritor e podcaster brasileiro, fundador do podcast ‘Eu Tava Lá’, escritor do livro ‘Eu (não) Tava Lá’ e popularmente conhecido como ‘Sommelier de Comidas Duvidosas’.”

Tudo isso é verdade! Cronologicamente, a primeira forma de criação de conteúdo que conheci foi através da escrita. Não gostava de escrever ficção, nem de falar muito sobre mim, mas sim de compartilhar com os outros meu ponto de vista, geralmente com um viés cômico sobre coisas do cotidiano. Isso envolvia uma curadoria de imagens, tirinhas, vídeos e textos que circulavam pela internet. Foi assim que o Blog do Braian nasceu, e através dele, consegui me sustentar, largar meu “emprego de carteira assinada” que não tinha nenhuma relação com entretenimento e por fim, realizar o sonho de ir para a cidade grande.

“Nascido e criado na cidade de Rio Grande, no extremo-sul do Rio Grande do Sul, Braian sempre foi interessado em escrever e produzir conteúdos humorísticos, o que culminou na criação de diversos sites e blogs, como o coletivo Duka7 (2013-2014), onde ao lado do músico Gui Toledo criava paródias musicais e clipes para o Youtube.

O sucesso do grupo veio principalmente através de um quadro onde utilizavam auto-tune e técnicas de edição para transformar vídeos de celebridades em música, como o caso da então Presidente Dilma Roussef, cantando o Show das Poderosas, da Anitta. A ascensão do Duka7 e a vontade de viver exclusivamente da criação de conteúdo para a Internet fez com que Rizzo se mudasse para a cidade de São Paulo, em janeiro de 2014.”

Aqui a Wiki traz um bom ponto que eu já ia esquecendo de comentar: não foi apenas o Blog do Braian que me possibilitou vir morar em São Paulo. Na verdade, essa vontade já existia, e eu já achava que para tentar “viver de internet”, um dia teria que ir morar na capital das capitais. Porém, foi o Duka7 que acelerou tudo! Mudar para São Paulo em janeiro de 2014 foi uma decisão influenciada por esse projeto, mas o Duka7 acabou poucos meses depois por divergências entre os sócios e mudanças nas políticas de monetização do Youtube.

“Em setembro do mesmo ano, passou a integrar a equipe de criação do blog Não Salvo, onde em agosto de 2015, ajudou a criar o podcast Não Ouvo, que alcançou o 1º lugar no Top Podcasts da Apple Podcasts em 14 de maio de 2016 e desde então se manteve entre os podcasts de maior audiência do Brasil, vencendo na edição de 2020 o MTV Millenial Awards Brasil, na categoria Podcast Nosso de Cada Dia.”

Mais verdades: com o fim do Duka7 e a preocupação de que o Blog do Braian não fosse mais suficiente para sustentar minhas despesas crescentes, mergulhei no mundo dos blogs de humor, trabalhando no que então era considerado “o maior blog de humor da América Latina”. Lá, entrei para cuidar da parte de conteúdo publicitário, transformando “briefings quadrados” de marcas em conteúdos que parecessem orgânicos no ecossistema do Não Salvo, mas também acabei assumindo várias outras frentes e quando vi já estava escrevendo roteiros, dirigindo gravações externas e até atuando em pegadinhas.

Em 2015, tive a oportunidade de motivar a “plantação de uma sementinha” que foi a do podcast! Lá em Rio Grande, em meados de 2009, eu já tinha tido a oportunidade de participar e fazer podcasts, mas nenhum deu certo porque gravar remotamente era péssimo para a tecnologia que eu tinha disponível. Porém, em São Paulo, com a estrutura do Não Salvo para gravações presenciais e o apoio de outros criadores de conteúdo que também faziam parte da equipe, nasceu o Não Ouvo! Um estrondoso sucesso na era dos “podcasts de áudio” que nunca pensaram em ligar uma câmera no estúdio e se transmitirem também em vídeo.

“Em 2018, paralelo ao Não Ouvo, criou seu primeiro podcast solo, o Eu Tava Lá, que já no dia seguinte ao seu lançamento, atingiu o topo dos podcasts mais ouvidos do iTunes e permaneceu no Brazilian Podcast Charts por 101 dias, ao lado de grandes nomes como Nerdcast e Mamilos. Em maio de 2022 o podcast daria origem ao livro Eu (não) Tava Lá, onde Braian conta em primeira pessoa 30 grandes histórias que ouviu ao longo dos quase 5 anos de projeto.”

O Não Salvo acabou em 2018, e foi a criação do “Eu Tava Lá” que me manteve ativo na internet por bons anos, desde então! A Wiki fala de ter sido meu primeiro podcast solo, o que realmente foi, mas também foi um dos primeiros podcasts solos do Brasil! Na época, podcast ainda era um grupo de amigos reunidos para falar de um tema específico por episódio, e o formato do “Eu Tava Lá”, com um único membro fixo e um convidado diferente a cada episódio, foi inovador! Fiquei de 2018 até 2022 focado quase que exclusivamente nesse projeto, que não me tomava tanto tempo assim, mas tinha bons patrocinadores que sustentavam tudo e me permitiram inclusive, sobreviver à pandemia que ocorreu nesse meio tempo!

Escrever o livro do “Eu Tava Lá” foi também um aprendizado incrível, hoje infelizmente o livro não está mais disponível em mídia física, mas pode ser facilmente encontrado no Amazon Unlimited.

“Em 2021 durante sua participação no PodPah, Braian Rizzo falou pela primeira vez sobre seu desejo de produzir conteúdos relacionados à “gastronomia duvidosa” e citou seu primeiro vídeo do gênero, provando um “Temaki de Salmão com Leite Ninho”, mas foi somente em 2022, após o surgimentos dos Miojos de brigadeiro e beijinho que Rizzo viralizou nas redes sociais com o apelido de “Sommelier de Comidas Duvidosas” dado pela jornalista Marcela Franco em matéria da Folha de São Paulo e depois repercutido pelo Jornal da Band e pelo G1.”

À medida que a pandemia se aproximava do fim, cansado de ficar em casa e acreditando que podia tirar proveito da minha experiência em podcasts, decidi me juntar ao meu amigo Lucas Salles para criar um videocast, o 2em1! Os mesacasts no Youtube eram a tendência do momento: fazer podcast, como sempre, mas agora filmando, para levar a íntegra do conteúdo em vídeo para o Youtube e depois fazer cortes de highlights da conversa. Foi uma experiência incrível, que durou “só” 6 meses, mas me proporcionou momentos marcantes, como nossa ida ao Podpah, um dos maiores podcasts do Brasil, onde curiosamente tive a sorte de citar um vídeo experimental que eu tinha feito, provando uma “comida meme”.

Ainda levou meses até eu decidir levar esse conteúdo a sério e pensar em como poderia o transformá-lo em um formato replicável, mas foi fazendo vídeos de comidas inusitadas, depois de mais de 10 anos criando coisas pra internet, que aconteceu a grande virada!

De repente, ganhei centenas de milhares de seguidores nas redes sociais, ganhei uma placa de 100mil inscritos em um canal de Youtube que eu tinha criado 9 anos antes para fazer gameplays (eu sei que não falei disso aqui, eu não falei da maioria das coisas =P)

E por mais que todo esse sucesso de público me deixe feliz, o que me deixa mais feliz é ter conseguido conquistar tudo isso sem mudar muita coisa na minha maneira de criar conteúdo, já que esses vídeos, com roteiros divertidos e uma locução bem humorada, são a perfeita união de tudo que fiz antes:

Se hoje sei escrever roteiros, foi porque fiz blogs durante anos e até escrevi um livro. Se sei fazer locuções, foi porque fiz podcasts durante anos e até apresentei um diante das câmeras. Se sei editar vídeos e tratar áudios, foi porque vim de uma época onde a internet era “se você quer algo, aprenda a fazer.”

Ter a oportunidade de mostrar meu conteúdo para uma audiência maior é um grande orgulho, mas se um dia essas pessoas se cansarem de mim, ou se eu me cansar de fazer o conteúdo que elas gostam, o que todo esse tempo mais me ensinou, foi a importância de continuar criando o conteúdo que eu gosto.



Droga, acabei fazendo um textão.